O programa “Marketplace”, da emissora canadense CBC, investigou a composição de 5 tipos de sanduíches de diferentes redes de fast food a partir de uma análise de DNA do alimento. Segundo os testes, realizados no laboratório da Universidade Trent (Canadá), há menos de 50% de DNA de frango nos sanduíches da rede Subway.
Grande parte do DNA encontrado nesses lanches eram compostos de soja e mais 15 ingredientes, entre eles cebola em pó e mel.
Com isso, o frango (que não é frango) perde bastante em propriedades, tendo até 25% menos proteínas do que o alimento integral.
Testes de DNA do frango
O cientista que chefiou as análises em laboratório, Matt Harnden, afirmou que o Subway era o único ponto fora da curva na análise de DNA, já que os demais sanduíches (das redes McDonald’s, Wendy's, A&W e Tim Hortons) tinham DNA de frango próximo a 100%.
Eles ficaram tão surpresos com os resultados, que multiplicaram os testes, chegando a pegar 5 amostras de frango assado e outras 5 amostras de frangos em tira.
Enquanto os assados do Subway continham 53% do DNA do frango, as amostras em tira computaram apenas 42,8%.
O que diz o Subway
A CEO e presidente da Subway, Suzanne Greco, questionou as análises do programa canadense e emitiu um comunicado dizendo que as “alegações de que nosso frango é somente 50% frango é 100% falsa”.
Para isso, encomendou um estudo próprio realizado por dois laboratórios independentes: Maxxam Analytics e Elisa Technologies. Segundo essas análises, a soja representa apenas 1% da composição do frango utilizado pelo Subway.
“O frango é misturado com especiarias, temperos e marinados e, em seguida, cozidos com perfeição. Quando adicionamos temperos e pimenta à marinada, também adicionamos – em algumas regiões – proteína de soja seca, como se fosse uma especiaria”, explicou Suzane.
Emissora se defende
A emissora CBC insistiu na veracidade de seus testes: “Testes de DNA não revelam a porcentagem exata da quantidade de frango em toda a peça analisada, mas os especialistas disseram ao “Marketplace” que se trata de um bom indicador da proporção de DNA animal e vegetal no produto”.
“Os testes de DNA não mentem (especialmente quando realizados várias vezes), e qualquer pessoa com acesso a um laboratório de DNA poderia realizar esses testes”, concluiu Robert Hanner, biólogo da Universidade de Guelph (Canadá), no site da CBC.
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