Fotografias tiradas pela Agência Espacial Europeia (ESA) deram indícios à possibilidade de uma enormeinundação ter ocorrido em Marte há 3,5 bilhões, criando uma cratera de 25 km de diâmetro. A aparência desses sinais geológicos fortalece o argumento de que o planeta era “rico em água ou gelo” no passado, segundo a ESA.
As imagens foram registradas pela sonda Mars Express, missão europeia ao planeta vermelho lançada em 2003, e reveladas após ampla análise em 2 de março de 2017.
Buracos no planeta vermelho
De acordo com a agência espacial, uma combinação de erupção vulcânica, colapso de placas tectônicas, entre outros fenômenos naturais foram responsáveis por “várias libertações maciças de água subterrânea” de uma região conhecida como Echus Chasma.
Os buracos que aparecem são escombros produzidos pelo possível impacto de meteoritos. Isso significa, segundo os cientistas, que essas explosões aconteceram depois das inundações, principalmente por conta dos detritos que ficam próximos às crateras.
“Os dejetos que foram espalhados pela cratera eram ricos em água, permitindo que eles fluíssem com maior facilidade. À medida que o efeito diminuía, os detritos eram empilhados, formando pequenas muralhas”, descreveu a ESA.
Ao longo da área investigada em Marte é possível ver outras crateras menores – também rodeadas de detritos. Isso, segundo os astrônomos, sugere magnitudes diferentes de inundações, que devem ter acontecido por sucessivas vezes, já que algumas dessas crateras apontam que as correntezas tenham vindo de diferentes direções.
Por conta disso, é possível concluir que antigas inundações tenham deixado regiões inteiras, de milhares de quilômetros de diâmetro, com marcas características que podem ser observadas ainda hoje pelos astrônomos.
As imagens foram tiradas em maio de 2016, depois de mais de 13 anos de análises.
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