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Cela da Lava Jato: veja detalhes da carceragem onde Cunha ficará preso

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A prisão do ex-deputado federal Eduardo Cunha nesta quarta-feira, 19, caiu como uma bomba na política brasileira, pelo fato de o político ser visto por seus pares como alguém que está prestes a delatar (ou seja, entregar) outros casos de corrupção à Operação Lava Jato, conduzida pelo juiz federal Sergio Moro.

Detido em Brasília, Cunha foi levado de avião até Curitiba. É lá que estão presos outros políticos e empresários envolvidos nos esquemas criminosos e onde estão concentradas as investigações da Lava Jato.

Neste primeiro momento, o político foi encaminhado para a carceragem da Superintendência da Polícia Federal. Este é o mesmo lugar em que estão presos 10 outros envolvidos na Lava Jato, como o presidente afastado da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, os doleiros Alberto Youssef e Nelma Kodama e o ex-deputado Pedro Corrêa, que, segundo matéria da Folha, são delatores ou candidatos à delação (entenda o que é delação).

Cunha não tem mais direito ao foro privilegiado, devido à cassação de seu mandato, em 12 de setembro. Isso quer dizer que ele não responde as acusações ao Supremo Tribunal Federal e, sim, à Justiça Federal, como qualquer cidadão brasileiro.

O político ainda passará por mais alguns sufocos nesta prisão: as celas têm 16 metros quadrados e a rotina admite apenas duas horas de banho de sol diários. A seguir, veja mais detalhes sobre o caso e informações do cárcere que ele ficará.

Prisão de Eduardo Cunha: onde ficará

Eduardo Cunha ficará em uma cela sozinho na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba. Segundo informações da EBC, ele deve realizar exames no IML nesta quinta-feira (20). A prisão é preventiva, ou seja, por tempo indeterminado.

O empreiteiro Marcelo Odebrecht é um dos presos que estão na carceragem da PF, que tem uma estrutura bem enxuta: cada cela tem 16 metros quadrados e dispõe de beliches feitos de cimento para os detentos.

Em setembro do ano passado, reportagem do Estadão deu outros detalhes do local, que virou “academia e escritório” de Marcelo.

“O empresário dormiu na cama superior de um beliche, em uma cela sem janela, onde a luz que entra é a do vão das grades da porta. Com ele, dois outros executivos”, relatou o jornal.

A comida servida, de acordo com a publicação, é arroz, feijão e uma carne. A rotina também é simples: eles têm apenas duas horas de banho de sol. Não há TVs nas celas e os presos usam o chamado “boi”, um vaso sanitário no chão, sem divisórias. Não é permitido fumar.

A carceragem tem capacidade para 18 presos, de acordo com o jornal O Globo, que se revezam para o uso de três chuveiros elétricos.

Transferência para Complexo Médico-Penal do Paraná

Alguns presos da Operação Lava Jato são transferidos para o Complexo Médico-Penal do Paraná (CMP) a pedido de Moro por superlotação da carceragem da Superintendência.
Segundo o site da PF, o local é um "estabelecimento penal de regime fechado, destinado aos presos do sexo masculino e feminino, em cumprimento de medida de segurança e/ou que necessitam de tratamento psiquiátrico e ambulatorial".

Neste local, há acesso à televisão e colchões e travesseiros mais confortáveis. Cada cela comporta até três presos, segundo matéria da BBC.

Motivos da prisão

Em sua decisão pela prisão do ex-deputado, Moro destacou as supostas contas secretas na Suíça, algo que Cunha sempre negou ter. Ponderou que Cunha poderia se valer de “recursos ilícitos para facilitar fuga e refúgio no exterior”.

De acordo com a EBC, a disponibilidade de recursos ocultos no exterior e da dupla nacionalidade (Eduardo Cunha é italiano e brasileiro) também foram argumentos usados pelos procuradores do Ministério Público Federal (MPF) no pedido de prisão.

Eduardo Cunha: polêmicas


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